Não é a primeira, única ou última crise econômica pela qual passamos. A mais recente, de grandes proporções, foi em 2008. Depois, o mundo foi se recompondo e a recuperação chegou antes do esperado.
Agora não será diferente. Será uma questão de tempo e a economia voltará a se recuperar.
A diferença é o motivo da recessão atual. Se em 2008 tivemos uma motivação econômica, gerada dentro do próprio sistema, agora temos uma situação gerada por um evento sanitário, exterior ao sistema econômico, de grandes proporções. A última pandemia com características parecidas foi há mais de 100 anos, entre 1918 e 1919, em meio à 1ª Guerra Mundial. A Gripe Espanhola aconteceu em um mundo diferente, com economia e tecnologia médica incomparáveis às de hoje.
As perspectivas ainda são incertas. O mundo não estava preparado dizem uns. Ora, nenhum mundo está preparado para eventos fora da curva. Eles não avisam quando estão chegando.
Não temos nenhuma opção que não seja convivermos com a crise e administrarmos nossa vida diária. Isso mesmo, um dia de cada vez. Administrar nossas contas, proteger nossas empresas, consultórios, escritórios, empregos, nossa saúde.
Mental, física e financeira. Sobre os dois primeiros não me atrevo a opinar. Sobre o último, considerando as outras crises pelas quais passei as considerações parecem óbvias no papel, porém de não tão fácil execução.
A receita geral é básica: organização financeira; escrever, anotar, controlar despesas, fazer cálculos e aconselhar-se com um profissional credenciado. Quem assim proceder irá conviver com a crise, aprender que a vida mudou, mudar seus hábitos e, depois da pandemia, entender que podemos perfeitamente renunciar a alguns comportamentos e tirar vantagens disso, economizando e investindo em ativos que nos gerem renda.